terça-feira, 28 de julho de 2015

Sinalização de Segurança

        A sinalização é fundamental principalmente quando se trabalha em ambientes que envolve algum risco. Mas uma sinalização indevida ou colocada de forma impropria pode causar sérios riscos à segurança e saúde do trabalhador. Fatos como a morte de três trabalhadores baianos ao realizarem a manutenção em uma obra da EMBASA. Uma dos motivos foi a falta de sinalização e de isolamento da área, além da ausência de um funcionário para atuar como vigia enquanto outros desciam ao poço. da que pode ter ocorrido devido à falta de sinalização, como foi divulgado pelo G1 Bahia. Por isso que existe a NR 26 que trata da sinalização de segurança, onde a norma esclarece algumas dúvidas como:

1 - Cor na segurança de acordo com os riscos, a norma determina que:

- As cores para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar
tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.
Sinalização do local onde ocorrerá o serviço.
Fonte: Santosde.blogspot
- Determinar que produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas;

- A classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de classificação harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.

- Substâncias perigosas devem seguir os padrões nacionais e caso alguma atividade não conste nesta lista pode ser utilizar a lista internacional.

Segundo LIMA JR, M. L. J as cores e suas principais utilizações são:

a) Vermelho – é utilização para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta).

b) Amarelo – deverá ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam bater contra, tropeçar etc. ou ainda em equipamentos que se desloquem, como os veículos industriais. Em canalizações deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.

c) Branco – é utilização em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança.

d) Preto – será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.).

e) Verde – é a cor que simboliza a segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica) etc.

f) Laranja– deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que  possam ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas.

g) Púrpura – usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.
Exemplos de placas de sinalização.
Fonte: Hot Frog

h) Cinza - utilização – Cinza claro – usado para identificar canalizações em vácuo; cinza escuro – usado para identificar eletrodutos. Nos trabalhos de edificações os serviços são normalmente executados por subempreitada, contratando-se empresas especializadas nas diversas etapas da obra. Suas peculiaridades, entre outras, são altos índices de rotatividade de pessoal, baixa qualificação profissional, pequena duração das obras e/ou serviços, porte das empresas pequeno, precarização na contratação dos trabalhadores etc.

2 - A rotulagem também é fundamental para identificar produtos químicos, a norma baseia-se no Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação, ela anda define que:

- A rotulagem preventiva deve ser composto por informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto;

- A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares.
Placas de sinalização publicados pela GHS.
]Fonte: Site nstnaweb files wordpress

- Os produtos químico não classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores conforme a Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas, deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de precaução.
Ainda sobre o assunto das rotulagens vale lembrar que os produtos notificados ou registrados como Saneantes na ANVISA estão dispensados do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva estabelecidas pelos itens 26.2.2, 26.2.2.1, 26.2.2.2 e 26.2.2.3 da NR-26.

3 - E dever dos fabricantes ou importadores a elaboração de fichas com dados de segurança estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e GHS para todos os produto químico classificado como perigoso. No caso de mistura as fichas devem conter dados de segurança com o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das substâncias que:

a) representam perigo para a saúde dos trabalhadores, se estiverem presentes em concentração igual ou superior aos valores de corte/limites de concentração estabelecidos pelo GHS para cada classe/categoria de perigo;

b) possuam limite de exposição ocupacional estabelecidos.

         Os produto químico não classificado como perigoso, mas cujos usos previstos ou recomendados derem origem a riscos à segurança e saúde dos trabalhadores.
Sinalização.
Fonte: Site Passos Consultoria
Ainda vale salientar que os trabalhadores devem receber treinamento para poder compreender a importância da sinalização, interpretá-las sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto químico

         Por fim, vale lembrar que o empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho. E a utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes e que o uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.


Referencias: 
EMPREGO, Ministério do Trabalho e. NR 26. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080814DB129A5014DB9A379756F27/NR-26 (atualizada 2015).pdf>. Acesso em: 28 jul. 2015.
BAHIA, G1. Causa de acidente que matou 3 pode ter sido falta de segurança. Disponível em: <http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/06/causa-de-acidente-que-matou-3-pode-ter-sido-falta-de-seguranca.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.
BYCZKOVSKI, Eliane. A SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONTRUÇÃO. Disponível em: <http://www.uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC 2011/Eliane.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2015.
LIMA JR., M. L. J., VÁLCÁRCEL, A. L., DIAS, L. A. Segurança e Saúde no Trabalho da Construção: experiência brasileira e panorama internacional, Brasília: OIT – Secretaria Internacional do Trabalho, 2005, 72 p. Disponível em: Acesso em 28 jul. 2015.  

Autor: Petrucio Leal


Um comentário:

  1. Gostaria de saber se qualquer pessoa tem acesso aos postos de transformaçao da E D P, ou apenas tecnicos qualificados.

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