A sinalização é
fundamental principalmente quando se trabalha em ambientes que envolve algum
risco. Mas uma sinalização indevida ou colocada de forma impropria pode causar
sérios riscos à segurança e saúde do trabalhador. Fatos como a morte de três trabalhadores
baianos ao realizarem a manutenção em uma obra da EMBASA. Uma dos motivos foi a
falta de sinalização e de isolamento da área, além da ausência de um
funcionário para atuar como vigia enquanto outros desciam ao poço. da que pode
ter ocorrido devido à falta de sinalização, como foi divulgado pelo G1 Bahia. Por
isso que existe a NR 26 que trata da sinalização de segurança, onde a norma
esclarece algumas dúvidas como:
1 - Cor na segurança de
acordo com os riscos, a norma determina que:
- As cores para
identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar
tubulações empregadas para a
condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto
nas normas técnicas oficiais.
Sinalização do local onde ocorrerá o serviço. Fonte: Santosde.blogspot |
- Determinar que produto
químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos
para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios
estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem
de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas;
- A classificação de
substâncias perigosas deve ser baseada em lista de classificação harmonizada ou
com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.
- Substâncias perigosas
devem seguir os padrões nacionais e caso alguma atividade não conste nesta
lista pode ser utilizar a lista internacional.
Segundo LIMA JR, M. L. J
as cores e suas principais utilizações são:
a) Vermelho – é utilização
para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a
incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo nas luzes
a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras
obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas
de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser
de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado
(que significa alerta).
b) Amarelo – deverá ser empregado para indicar
cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam bater contra,
tropeçar etc. ou ainda em equipamentos que se desloquem, como os veículos industriais.
Em canalizações deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não
liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados
sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da
sinalização.
c) Branco – é utilização em passarelas e
corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização
e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos
equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros
equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança.
d) Preto – será empregado para indicar as
canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo
lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.).
e) Verde – é a cor que simboliza a segurança e
deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro
de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança;
macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda
oxiacetilênica) etc.
f) Laranja– deve ser empregado para
canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes
internas das guardas de máquinas que possam
ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos
elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de
segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas.
g) Púrpura – usada para indicar os perigos
provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas
nucleares.
Exemplos de placas de sinalização. Fonte: Hot Frog |
h) Cinza - utilização –
Cinza claro – usado para identificar canalizações em vácuo; cinza escuro –
usado para identificar eletrodutos. Nos trabalhos de edificações os serviços
são normalmente executados por subempreitada, contratando-se empresas especializadas
nas diversas etapas da obra. Suas peculiaridades, entre outras, são altos
índices de rotatividade de pessoal, baixa qualificação profissional, pequena
duração das obras e/ou serviços, porte das empresas pequeno, precarização na
contratação dos trabalhadores etc.
2 - A rotulagem também é
fundamental para identificar produtos químicos, a norma baseia-se no Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação, ela anda define que:
- A rotulagem preventiva
deve ser composto por informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a
um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que
contém o produto;
- A rotulagem preventiva
deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e
composição do produto químico;
b) pictograma(s) de
perigo;
c) palavra de
advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de
precaução;
f) informações suplementares.
Placas de sinalização publicados pela GHS. ]Fonte: Site nstnaweb files wordpress |
- Os produtos químico
não classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores conforme a
Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas, deve
dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a
indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado
como perigoso e recomendações de precaução.
Ainda sobre o assunto
das rotulagens vale lembrar que os produtos notificados ou registrados como
Saneantes na ANVISA estão dispensados do cumprimento das obrigações de
rotulagem preventiva estabelecidas pelos itens 26.2.2, 26.2.2.1, 26.2.2.2 e
26.2.2.3 da NR-26.
3 - E dever dos fabricantes
ou importadores a elaboração de fichas com dados de segurança estabelecidos pelo
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e GHS para todos os produto químico
classificado como perigoso. No caso de mistura as fichas devem conter dados de
segurança com o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das
substâncias que:
a) representam perigo
para a saúde dos trabalhadores, se estiverem presentes em concentração igual ou
superior aos valores de corte/limites de concentração estabelecidos pelo GHS
para cada classe/categoria de perigo;
b) possuam limite de
exposição ocupacional estabelecidos.
Os produto químico
não classificado como perigoso, mas cujos usos previstos ou recomendados derem
origem a riscos à segurança e saúde dos trabalhadores.
Sinalização. Fonte: Site Passos Consultoria |
Ainda vale salientar que
os trabalhadores devem receber treinamento para poder compreender a importância
da sinalização, interpretá-las sobre os perigos, riscos, medidas preventivas
para o uso seguro e procedimentos para atuação em situações de emergência com o
produto químico
Por fim, vale lembrar
que o empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados
de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho. E a
utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes
e que o uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar
distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
Referencias:
EMPREGO, Ministério do Trabalho e. NR 26. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080814DB129A5014DB9A379756F27/NR-26 (atualizada 2015).pdf>. Acesso em: 28 jul. 2015.
BAHIA, G1. Causa de acidente que matou 3 pode ter sido falta de segurança. Disponível em: <http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/06/causa-de-acidente-que-matou-3-pode-ter-sido-falta-de-seguranca.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.
BYCZKOVSKI, Eliane. A SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONTRUÇÃO. Disponível em: <http://www.uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC 2011/Eliane.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2015.
LIMA JR., M. L. J., VÁLCÁRCEL, A. L., DIAS, L. A. Segurança e Saúde no
Trabalho da Construção: experiência brasileira e panorama internacional,
Brasília: OIT – Secretaria Internacional do Trabalho, 2005, 72 p. Disponível
em: Acesso em
28 jul. 2015.
Autor: Petrucio Leal
Gostaria de saber se qualquer pessoa tem acesso aos postos de transformaçao da E D P, ou apenas tecnicos qualificados.
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